A quantidade de radiação que um doente pediátrico com cancro recebe é uma das principais preocupações para os médicos, dado que o organismo das crianças está ainda em desenvolvimento e o excesso de radiação pode gerar mais problemas.
Os doentes pediátricos são também mais susceptíveis a doenças malignas induzidas por radiação e toxicidade, quer de exames de diagnóstico, quer terapêuticos.
Os investigadores avaliaram crianças com vários tipos de cancro para analisar o uso da radiografia de protões, comparando com casos de cancro de pulmão em adultos, a fim de averiguar a eficácia deste tipo de radiografia, num acompanhamento do tumor em tempo real.
As imagens foram comparadas com a qualidade de raios-X de diagnóstico de imagens e radiografias reconstruídas digitalmente a partir de dados de tomografia computadorizada.
Foi possível concluir que a radiografia de protões proporciona imagens de qualidade mais elevada na determinação da localização do tumor e na avaliação periódica da evolução deste, utilizando menos radiação do que uma radiografia ou uma tomografia computadorizada.
O autor do estudo, que também é oncologista do Hospital Geral de Massachusetts em Boston, nos Estados Unidos, sublinha que “o reforço da imagem de protões tem a vantagem de permitir uma redução ainda maior nos níveis de radiação para os tecidos saudáveis em redor do tumor, que é tão importante no tratamento de crianças.”
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