A pesquisa do Centro de Oncologia Pediátrica da Universidade do Texas envolveu 24 doentes pediátricos que apresentavam tumor de células pequenas redondas desmoplásico (DSRCT), um tipo de tumor raro e agressivo que afecta crianças em idade pediátrica.
Um procedimento cirúrgico designado por quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC), ou quimioterapia “aquecida”, foi administrado em doentes com idades que variavam entre os 5 e os 25 anos.
O estudo, publicado no Journal of Pediatric Surgery, explica que, numa primeira fase, são removidos os tumores da cavidade abdominal e depois administrada a quimioterapia, aquecida entre 40° e 41° C, que actua em toda a zona, enquanto o doente fica envolvido num cobertor de refrigeração para manter a temperatura do corpo num nível seguro.
A pesquisa concluiu que doentes mais jovens beneficiaram do tratamento com HIPEC em comparação com os jovens com idade superior a 18 anos. Especificamente, as crianças que receberam HIPEC apresentaram uma taxa de sobrevivência global de 3 anos de 71%, valor que comparava com 26% dos doentes que receberam apenas o tratamento padrão.
A investigação demonstra que “a técnica cirúrgica é segura e benéfica para doentes que têm tumores múltiplos no abdómen,” explica a investigadora principal. Até aqui, os doentes que sofriam com este tipo de tumor eram casos, à partida, sem grande esperança, no entanto, segundo os cientistas, com esta técnica é agora possível “dar meses e anos de vida aos doentes jovens”.
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