Descobrir que um filho tem cancro é uma das piores sensações que uma mãe e um pai podem viver, mas Aaron e Angie Rush estão a viver o pior pesadelo de todos os pais: os seus três filhos foram diagnosticados com a mesma forma rara de cancro ocular: o retinoblastoma.
A difícil jornada da família Rush começou em 2015, quando os médicos diagnosticaram o seu filho mais velho, Tristen, com retinoblastoma; a notícia foi um golpe difícil para o casal natural dos Estados Unidos, que fez aparecer fantasmas do passado.
Publicado por Carter Strong em Segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
Em criança, Angie tinha sido diagnosticada com esta mesma doença tendo, inclusivamente, perdido um olho; antes de a mulher pensar em engravidar, os médicos disseram que havia uma probabilidade de 50% de a descendência vir a ter a doença.
Ainda assim, o casal nunca poderia imaginar que, nos anos seguintes, ouviria o mesmo diagnóstico mais duas vezes – em 2017, quando Caison nasceu, e novamente em 2019, com a chegada do terceiro filho, Carter.
“Sinto-me culpada. Todos os dias penso que fui eu quem trouxe esta doença para as nossas vidas”, confessa Angie.
O retinoblastoma é um tipo de cancro que se desenvolve na retina e, segundo a Cancer.org, “é o tipo mais comum de cancro ocular em crianças”; numa em cada 3 crianças a condição é congénita.
No caso da família Rush, foi isso que aconteceu nos seus dois primeiros filhos; já no caso de Carter, o bebé nasceu livre de cancro, e só passados meses desde o seu nascimento é que a doença foi diagnosticada.
Publicado por Carter Strong em Terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
Se não for tratado, o retinoblastoma é quase sempre fatal, razão pela qual a intervenção precoce é fundamental.
O bebé Carter está prestes a ser sujeito aos mesmos tratamentos que os seus irmãos já receberam – 6 meses intensos de quimioterapia e tratamentos a laser contínuos.
Para a família, este está a ser um momento muito desgastante, seja a nível emocional, físico ou financeiro.
De fato, os exorbitantes custos médicos já forçaram esta família a vender a sua casa; neste momento, estas 5 pessoas estão a viver em casa de familiares para economizar dinheiro.
“Nós abdicamos de qualquer coisa para podermos fornecer os melhores cuidados de saúde possíveis aos seus filhos, custe o que custar! E custa muito, porque o dinheiro não estica, e nós temos 3 filhos doentes”.
Publicado por Carter Strong em Segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
A família criou uma página GoFundMe, onde conta com a solidariedade de terceiros para ajudar nos custos do tratamento.
“Ter de lidar com as incógnitas do cancro é muito stressante… a isso ainda temos que adicionar o stress financeiro associado às inúmeras consultas médicas, internamentos hospitalares e falta de trabalho”.
Até ao momento, a família angariou mais de 52 mil dólares (cerca de 47 mil euros) que ajudarão nos pagamentos dos tratamentos.
Mas a família angariou também muito “amor, apoio e orações” de milhares de pessoas.
Publicado por Carter Strong em Terça-feira, 21 de janeiro de 2020
Ainda assim, a batalha está longe de terminar.
Mas a família também espera que, ao partilhar sua história, possam ajudar a aumentar a consciencialização sobre o quão severamente subfinanciada é a pesquisa sobre o cancro infantil.
Nos Estados Unidos, de acordo com a National Pediatric Cancer Foundation, apenas 4% do financiamento federal para pesquisa do cancro é direcionado ao estudo do cancro infantil; contudo, por dia, cerca de 43 crianças são diagnosticadas com alguma forma da doença, o que torna o cancro a principal causa de morte por doença entre as crianças.
“Acredito que um maior financiamento para a pesquisa levaria ao desenvolvimento de menos efeitos secundários. Isso permitiria que estas crianças passassem menos tempo no hospital e mais tempo a serem crianças”, diz Angie.
After a rough first week battling nausea and not feeling himself, Carter got to join his brother Caison at CHOA for his…
Publicado por Carter Strong em Terça-feira, 28 de janeiro de 2020
A família está agora empenhada no tratamento do bebé Carter, que deverá regressar ao hospital durante este mês de fevereiro, para realizar a segunda fase do tratamento.
“Ele está feliz, e isso aquece-nos o coração. Ele é muito pequenino, não tem qualquer noção daquilo por que está a passar. E isso é uma bênção”, conta, emocionada, a mãe destes três guerreiros.
Fonte: The Stir