Quando o luto se faz ajudando outras famílias

Quando, ao fim de 2 anos de uma luta intensiva, a família Beaux perdeu o seu filho Max, com apenas 6 anos, uma sensação de vazio e raiva apoderou-se das suas mentes.

Mas a família lutou para que esses sentimentos desaparecessem e hoje, é pela memória de Max que tentam ajudar famílias afetadas pela mesma doença que lhes tirou o filho: o neuroblastoma.

A mãe de Max, Sharvita, e 11 outros amigos e familiares foram para Sydney, na Austrália, para participarem na Run2Cure Neuroblastoma, o maior evento anual especificamente destinado a angariar fundos para o tratamento do neuroblastoma, um tipo de cancro raro que afeta uma em cada 100 mil crianças.

Max mascarado como Batman, o seu super-heroi preferido. – Fonte: DR

Em apenas 2 dias, a “Max Team” já angariou mais de 22 mil dólares (cerca de 19 mil euros); o valor irá juntar-se aos 45 mil dólares (cerca de 40 mil euros), que a família Beaux já havia angariado em outubro passado, e que será usado para apoiar a pesquisa sobre o neuroblastoma.

“Por causa da sua raridade e complexidade, o neuroblastoma não recebe a mesma atenção que outros tipos de cancro. E nós, com a nossa pequena contribuição, queremos mudar isso”, disse a mãe de Max.

Uma em cada 3 crianças com neuroblastoma acabam por sofrer graves efeitos secundários, decorrentes do tratamento, a longo prazo, pelo que Sharvita espera que o dinheiro angariado durante a corrida possa ajudar as pesquisas a conseguirem criar de tratamentos mais seguros e eficazes.

“Quando o Max morreu, eu senti-me…nem sei explicar. Queria ficar sozinha, queria estar no meu canto, atolada com as minhas memórias e com o meu sofrimento. Mas depois lembrei-me do meu filho, do sorriso dele. Lembrei-me do amor e da alegria que ele me deu. A mim e as todas as pessoas que passaram pela vida dele. Foi aí que comecei a ‘sair do poço’… Tinha que fazer algo que honrasse a memória do meu filho”, conta, emocionada, Sharvita.

O menino durante os tratamentos. – Fonte: DR

“A única maneira de evitar que mais pessoas passem por aquilo que nós passámos é ajudar a angariar fundos que sejam usados em pesquisas sobre o neuroblastoma. As crianças precisam de ter melhores tratamentos para terem melhores resultados”.

Este ano, mais 6 mil pessoas participaram na Run2Cure Neuroblastoma. A organização espera angariar mais de 1 milhão de dólares (cerca de 890 mil euros) para ajudar na pesquisa sobre o neuroblastoma.

Fonte: The Sidney Morning Herald

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