Quando o diagnóstico tarda: a história de Alana

Uma estudante inglesa de 15 anos morreu tragicamente do mesmo cancro que vitimou o seu pai, depois de os médicos terem descartado os seus sintomas como sendo “tristeza” pela morte do seu progenitor.

Cerca de 3 semanas após a morte do seu pai, Alana Finlayson dirigiu-se ao hospital, onde se queixou de vários sintomas, que os médicos descredibilizaram.

“Disseram-nos que as dores de cabeça e no corpo se deviam ao trauma da minha filha ter perdido o pai”, conta a mãe de Alana.

Finalmente, após quase um ano e depois de grande insistência por parte da família, a jovem foi sujeita a vários testes. Quando os resultados chegaram, o choque foi geral: Alana tinha sido diagnosticado com glioblastoma, o mesmo cancro que vitimou o seu pai, e teria apenas cerca de 8 semanas de vida.

Depois de ser sujeita a intensivos tratamentos, Alana morreu 3 meses antes do seu 16º aniversário.

Agora, a sua mãe, Linda Jones, 51, decidiu partilhar a sua história, de forma a aumentar a consciencialização para a causa do cancro infantil.

“Durante quase 1 ano, a minha filha foi ao hospital. Queixou-se de dores em várias partes do corpo, mas ninguém lhe prestou atenção. Diziam, alguns de forma bastante arrogante, que aquilo era o processo de luto. Se calhar, se tivessem dado mais atenção à minha filha, eu hoje teria a Alana do meu lado”.

Alegadamente, numa das várias visitas de Alana ao hospital, a jovem queixou-se de dores nas pernas; “o médico disse-lhe que as dores se deviam ao fato de as calças serem muito apertadas”.

“A minha filha queixava-se de dores de cabeça, de dores no pescoço, de dores nos membros, de náuseas, de falta de visão…e nada. Só depois de ela começar a perder peso inexplicavelmente é que os médicos começaram a ficar preocupados.”

Após bastante insistência, Alana foi sujeita a uma tomografia computadorizada, uma ressonância magnética e uma punção lombar, que revelaram que a jovem apresentava hipertensão intracraniana idiopática, uma espécie de pressão cerebral sem causa detetável.

Exames cerebrais mostraram lesões na sua substância branca e cinzenta; a jovem fez uma biópsia cerebral que se mostrou inconclusiva.

“Os médicos disseram que não sabiam dizer o que se passava com a Alana, mas que podiam afirmar, com toda a certeza, que não era cancro”.

Até que a jovem voltou novamente a ser sujeita a uma ressonância magnética, onde se descobriu que Alana tinha glioblastoma.

A jovem foi submetida a uma operação para remover o tumor na coluna, mas os cirurgiões não conseguiram remover tudo.

“Insistimos tanto com os médicos, e eles nunca quiseram saber. Foi horrível. Um ano a sermos negligenciadas… e de repente, tudo acaba”.

Alana viria a falecer cerca de 8 semanas após o seu diagnóstico.

Em declarações, o hospital onde a jovem foi tratada lamenta a “situação trágica e altamente incomum”, afirmando que “apesar de se terem esforçado, devido à raridade da doença, os especialistas não conseguiram diagnosticar o glioblastoma de Alana até 2019”.

Fonte: Daily Mail

Este artigo foi úlil para si?
SimNão
Comments are closed.
Newsletter