Quais os fatores de risco para os efeitos secundários decorrentes dos tratamentos de cancro infantil?

O uso de esteróides é uma prática muitas vezes essencial no tratamento de crianças com leucemia linfoblástica aguda, o tipo de cancro pediátrico mais comummente diagnosticado.

Contudo, estes compostos podem causar efeitos secundários variados, que podem oscilar entre distúrbios de sono e problemas psicológicos.

Recentemente, uma meta-análise que analisou todos os estudos (relevantes) publicados até ao momento sobre esta temática concluiu que não existem investigações de qualidade suficientemente satisfatória para que os cientistas tenham uma melhor noção sobre os fatores de risco para estes efeitos secundários.

A análise, publicada na revista Psycho-Oncology, incluiu 24 estudos.

Os autores observaram que, em geral, existe muito pouca evidência científica sobre os fatores de risco para reações psicológicas induzidas por esteróides e problemas de sono em crianças com leucemia linfoblástica aguda, sendo a qualidade dessas mesmas evidências é bastante questionável.

No entanto, e se por um lado, os dados sugerem que o tipo e a dose de esteróides não estarão relacionados com reações psicológicas, o mesmo não pode ser dito relativamente aos problemas de sono sentidos pelos pacientes que podem ser associados ao uso de esteróides.

Mais, a análise realizada também conseguiu perceber que, quanto mais velhas forem as crianças, maior o risco de desenvolverem problemas relacionados com o sono caso sejam sujeitas a tratamentos com estes compostos.

A investigação foi realizada pelo Princess Máxima Center, na Holanda.

Fonte: Eurekalert

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