Luísa Barros, especialista em Psicologia Pediátrica e docente da Universidade Nova de Lisboa, reforça o papel da psicologia na “compreensão dos processos de dor nas crianças e nos adolescentes” e sublinha que para controlar a dor das crianças muitas vezes devem ser implementadas estratégias psicológicas aliadas aos tratamentos médicos.
O papel da Psicologia na intervenção em Dor Pediátrica foi abordado pela especialista no decorrer do seminário “Dor Pediátrica: dor procedimental e dor crónica – conceptualização, avaliação e intervenção psicológica” que teve lugar recentemente na Universidade da Beira Interior (UBI).
A docente defendeu que a dor “nas crianças não é diferente daquela que sentem os adultos” e, por isso, embora muitas estratégias de tratamento sejam adaptadas ao trabalho com crianças, “o processo e os modelos teóricos são muito semelhantes”.
A “variável de desenvolvimento, ou seja, o que as crianças são capazes de compreender, quais são as estratégias que são capazes de usar e, sobretudo, no caso das crianças e adolescentes, o papel dos pais, dos adultos, para facilitar, controlar a dor ou, nalguns casos, fazer aumentar a experiência de dor” é o principal fator de intervenção a ter em conta na terapêutica utilizada com as crianças.
Para Luísa Barros, os pais assumem um papel de extrema importância “na forma como a criança vivencia a sua dor, que pode ser resultante de dor pontual, ligada por exemplo a procedimentos, a tratamentos, a exames de diagnóstico ou de dor crónica, mais associada a doenças que implicam esse tipo de dor”.
Em crianças ou adolescentes com dor crónica, a especialista reforça que é comum “uma motivação natural se sentirem que aquilo que fazem melhora um pouco a sua qualidade de vida”, e, por isso, sublinha, que, nestes casos, há um maior envolvimento dos doentes na escolha dos procedimentos de tratamento psicológicos.
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