Um grupo de cientistas da Universidade de Sevilha e do Instituto de Biomedicina de Sevilha (IBiS), em Espanha, publicou um estudo no qual determinam que uma proteína intitulada CD44 torna possível identificar a população de “células mãe” responsáveis pela natureza agressiva do neuroblastoma, um tipo de cancro que afeta principalmente crianças entre os 2 e os 3 anos e cuja taxa sobrevivência é considerada baixa.
De acordo com Ricardo Pardal, o principal autor do estudo, “a proteína CD44 contribui para o comportamento agressivo das células mãe cancerígenas responsáveis pelo crescimento do tumor e pela metástase. Acreditamos que interromper o funcionamento dessa molécula de adesão celular pode oferecer uma nova opção terapêutica para eliminar essas células e, desta forma, melhorar o tratamento do neuroblastoma”.
Para o estudo, foram utilizadas amostras de tumores de pacientes com neuroblastoma tratados no Hospital Universitário Virgen del Rocio, em Sevilha; a investigação foi realizada nos laboratórios do Centro de Pesquisa, Tecnologia e Inovação da Universidade de Sevilha (CITIUS) e do Instituto de Biomedicina de Sevilha (IBiS).
“Estas descobertas não irão melhorar a capacidade de prevenção, mas poderão melhorar o diagnóstico da doença, pelo menos no subgrupo de pacientes que apresenta altos níveis de CD44 nos seus tumores. Isso irá fazer com que os clínicos e os especialistas tenham que refinar o tipo de tratamento necessário nesses pacientes com neuroblastoma”, continuou Ricardo Pardal.
Financiado pela Associação Espanhola de Cancro, pelo Ministério da Ciência espanhol e pelo Conselho Europeu de Pesquisa, o estudo contou ainda com a colaboração da Neuroblastoma Sick Children – uma associação que apoia crianças portadoras de neuroblastoma.
Fonte: Eurekalert