Projetos de apoio no internamento domiciliário nascem no Pediátrico de Coimbra

Dois projetos inovadores destinados a crianças que sofrem com doenças complexas estão a ser projetados no Hospital Pediátrico de Coimbra, por altura da comemoração dos 40 anos daquela unidade de saúde, que celebra o seu aniversário a 01 de junho.
Os projetos serão desenvolvidos em articulação com os cuidados de saúde primários, o hospital mais próximo e o Hospital Pediátrico e destinam-se a crianças que passam pelo atendimento e internamento domiciliário.
Jorge Saraiva, diretor do Pediátrico, explica que a ideia é implementar no terreno uma equipa de profissionais de saúde que “se deslocará ao domicílio para garantir a permanência e continuidade dos cuidados sem que a família tenha de trazer a criança a Coimbra”, assegurando assim a administração da terapêutica e a monitorização de alguns parâmetros através de deslocações periódicas a casa da criança e do serviço de telemedicina.
Os programas, que ainda aguardam o aval final, pretendem evitar as deslocações ao Pediátrico por parte de crianças com doenças complexas limitantes da qualidade de vida.
O Hospital Pediátrico, que faz parte do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), integra um grupo de oito redes europeias e coordena seis Centros Europeus de Referência em medicina nas áreas da oncologia pediátrica, doenças genéticas ósseas raras, síndromes dismórficas com atraso intelectual grave, doenças hepáticas com doença rara, transplante de órgãos em crianças e doenças metabólicas.
O diretor do Pediátrico reforça que “há serviços que estão vocacionados para prestar cuidados às 300 mil crianças e, nalguns casos, como na oncologia pediátrica, obriga a que a família se desloque a Coimbra, mas quando isso pode ser ultrapassado tem-se feito o máximo possível para que a criança aceda aos cuidados de que necessita no seu hospital mais próximo”.
A área de intervenção daquela unidade abrange um universo superior a 1,5 milhões de crianças nas áreas de transplantação hepática pediátrica e retinoblastoma – nas quais se assume como o único centro de referência nacional.
O Hospital Pediátrico de Coimbra é também referência da Direção-Geral de Saúde no que diz respeito aos tratamentos de crianças provenientes de Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Angola nas áreas da transplantação hepática, oncologia pediátrica e cardiopatias congénitas.
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