O Projeto de Prevenção Escolar Alimentar (PPEA) da Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, Europacolon Portugal, já chegou a mais de 2.000 alunos do 2.º ciclo no Norte do país.
O programa, em marcha desde 2009, pretende ajudar “a mudar comportamentos e ambientes“ e sensibilizar as crianças e jovens para a necessidade de prevenir o cancro.
Em declarações à Lusa, Vítor Neves, presidente associação, explica que o projeto é dirigido a alunos com idades entre os 11 e 13 anos, e “envolve, por ano, três escolas e quatro turmas em cada uma delas”.
Numa primeira fase, o trabalho é feito “com a medição antropométrica [as medidas e dimensões das diversas partes do corpo humano] dos alunos e, ao longo do ano letivo, há uma atividade contínua com a colaboração dos professores, concluindo-se este com nova medição para avaliar os progressos”.
Ao longo do programa, os alunos são sensibilizados para os malefícios dos “produtos disponíveis nas máquinas de ‘vending’ e nas cantinas, disponibilizando uma nutricionista para fazer esse acompanhamento”, indica o responsável.
O PPEA intervém nesta faixa etária por entender que é nesta fase que é possível incutir nas crianças o sentimento de mudança e adoção de hábitos alimentares mais saudáveis.
Apoiado pelo Ministério da Saúde, o projeto promove ações nas escolas e a “troco de prémios, sensibilizar os jovens a provar certos alimentos, desafiando-os a comer dois de três: salada, sopa e fruta”.
Vítor Neves sublinha que muitas destas crianças “até comem o que nunca tinham comido. Esta é a atitude cultural e educacional que queremos implementar numa sociedade em que, por vezes, é mais fácil colocar uma piza no micro-ondas ou beber um refrigerante em vez de um copo de água”.
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