Um projeto conjunto do Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude e da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, identificou uma alteração genética comum em casos de ependimoma (tipo de tumor comum na infância que se desenvolve na espinal-medula).
A descoberta dos cientistas, que integram o Projeto Genoma de Oncologia Pediátrica, pode abrir caminho a novas pesquisas com vista a melhorar o diagnóstico e tratamento do ependimoma, o terceiro tumor cerebral mais comum em crianças.
A mutação em causa está presente no gene RELA – que desempenha um papel essencial na via de NF-kB, um sistema de sinalização das células que regula a inflamação – e foi identificada em 70% dos jovens pacientes com ependimomas na parte frontal do cérebro.
Num artigo publicado na Nature, os cientistas explicam que a mutação não foi identificada em casos de crianças que apresentassem ependimomas noutras regiões do cérebro.
Richard Gilbertson, coautor da pesquisa, indica que a mesma revelou, “pela primeira vez, que uma mutação frequente no centro da via de NF-kB é suficiente para transformar as células cerebrais normais em células cancerígenas e promover o desenvolvimento do tumor”.
O estudo avançará agora no sentido de compreender o processo através do qual a atividade alterada de NF-kB impulsiona o cancro, a fim de desenvolver novos tratamentos que tenham como alvo bloquear essa atividade.
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