Crianças internadas recebem máscaras personalizadas

O projeto de Priscila Machado, uma advogada brasileira, está a conseguir animar os dias de muitas crianças e adolescentes diagnosticadas com cancro.

Um Novo Olhar, assim se chama o projeto, desenvolveu máscaras cirúrgicas personalizadas que podem ser usadas, e desenhadas, por pessoas que estejam internadas.

A ideia surgiu quando própria Priscila, no final de 2018, foi diagnosticada com um linfoma não-Hodgkin.

Algumas das máscaras feitas por Priscila. – Fonte: DR

“Eu precisava de usar máscaras durante o tratamento, para me proteger, porque o meu sistema imunitário estava muito debilitado. Mas comecei a sentir que as pessoas olhavam para mim com preconceito, como se eu fosse contagia-las com a minha doença”.

Durante os seus tratamentos, a jovem começou a fazer desenhos nas suas máscaras e a partilhar os resultados nas suas redes sociais. Rapidamente, as máscaras de Priscila tornaram-se um sucesso.

“Eu comecei a partilhar nas minhas redes sociais fotos das máscaras que criava para mim. De repente, comecei a receber muitos comentários de pessoas que queriam saber onde é que eu tinha encontrado aquelas máscaras, porque também queriam comprar”, conta.

Priscila reparou que, tal como ela, muitos doentes oncológicos e familiares se queixavam das “tradicionais máscaras brancas”.

“E foi assim que surgiu a ideia de fazer máscaras personalizadas para doar”.

Com o apoio da sua mãe, Khathia, Priscila deu início ao projeto Um Novo Olhar.

Entre janeiro e outubro de 2019, a iniciativa já produziu e entregou mais de 5 mil máscaras personalizadas; as doações aconteceram maioritariamente no Brasil, mas também em Espanha e nos Estados Unidos.

As máscaras fazem as delícias de quem as utiliza. – Fonte: DR

Se no início, Priscila recebia cerca de 30 encomendas por semana, hoje a demanda aumentou para 200 pedidos de máscaras semanais.

Grata por todo o sucesso que atingiu, Priscila não esquece o dia em que Um Novo Olhar entregou máscaras personalizadas a mais de 40 crianças que estavam internadas na ala de oncologia pediátrica do hospital onde a advogada foi sujeita a tratamentos.

“As pessoas já passam por tanta coisa durante o tratamento… nós queremos que os pacientes possam passar por esta experiência de uma forma mais tranquila, leve e descontraída, sem terem aversão às máscaras”, diz a criadora do projeto.

Fonte: G1 Globo

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