Quando as crianças sobrevivem ao cancro e, felizmente, com os avanços na medicina cada vez mais crianças conseguem esse feito, o sentimento é inexplicável.
Mas a vida de um sobrevivente de cancro infantil, após derrotar a doença, é uma nova batalha.
Este foi o caso de Sophia Wohr, uma menina que adora brincar com todos os tipos de bonecos.
A criança de 6 anos é hoje uma menina saudável, depois de ter passado os últimos 5 anos a lutar contra uma forma agressiva de leucemia.
“O meu coração desfez-se quando a minha filha foi diagnosticada com leucemia aos 9 meses”, lembrou a sua mãe, Danielle Wohr.
Depois de longos e dolorosos tratamentos e de um transplante de medula óssea, Sophia venceu o cancro.
“Ela está muito bem”, afirma, feliz, Danielle.
Uma das ajudas que Sophia teve foi a da Dra. Sue Lindemulder, uma médica que supervisiona o programa de Sobrevivência do Cancro de Doernbecher, cuja missão é ajudar os sobreviventes a viverem melhor.
“As pessoas acham que a batalha acaba quando o tratamento termina, mas não. O cancro tem um impacto na vida futura dos sobreviventes. No nosso programa tentamos agarrar-nos aos pontos fortes das crianças para reduzir esse impacto”, conta a médica.
“Estamos sempre a descobrir coisas novas, novos efeitos secundários, não só físicos como mentais. É muito duro. Mas ajudar estas pessoas, muitas delas já adultas, dá-me esperança”.
O programa também trata adultos, como Christy Gilbert, que tem 42 anos, mas que aos 4 anos teve cancro.
“Eu nunca tive nenhum tratamento especializado. Na minha altura não existiam”, afirma Christy.
A equipa da Dra. Lindemulder encontrou alguns danos no coração de Christy e ajudou a diagnosticar um cancro da tiroide, que a sobrevivente acreditava já ter vencido.
“Agora eu sinto-me bem mais relaxada. Sei que se tiver alguma dúvida, posso perguntar à Dra. Lindemulder”, conta.