Prémio Faz Ciência 2018 entregue a projeto de imunoterapia para cancro do pâncreas

Foi ontem entregue, numa cerimónia que decorreu no Centro Cultural de Belém, o Prémio FAZ Ciência 2018, uma iniciativa da Fundação AstraZeneca (FAZ) e da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO).
Este ano, a distinção coube ao projeto “Tornar a imunoterapia uma realidade para doentes com cancro do pâncreas”, que foi desenvolvido por investigadores do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, no Porto. 
O prémio será refletido numa bolsa com o valor de 53 mil euros.
O trabalho de investigação pretende combater o adenocarcinoma ductal pancreático, um cancro que apresenta uma elevada taxa de mortalidade, cujas opções terapêuticas são limitadas e onde a sobrevivência não tem sofrido alterações nos últimos 40 anos. 
De acordo com a investigadora Sónia Melo, os exossomas, nano vesículas produzidas por todas as células do corpo humano, libertados pelas células de cancro contribuem para reprogramar o microambiente do tumor, tornando-o insensível à imunoterapia. A equipa de investigadores quer agora, através de “modelos pré-clínicos” sobre os exossomas do cancro, tornar o tumor suscetível à imunoterapia, o que abrirá a “possibilidade a uma nova estratégia terapêutica com grande potencial para melhorar a sobrevivência dos doentes”.
A equipa de investigação conta com o apoio do Departamento de Gastrenterologia do Hospital de São João, no Porto.
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