Pré-transplante de sangue do cordão umbilical reduz tempo de recuperação

O recurso a sangue do cordão umbilical tratado em laboratório restabelece mais facilmente o sangue em pacientes, de forma semelhante ao que acontece nos transplantes de medula óssea, mas com riscos mais reduzidos, segundo uma pesquisa norte-americana.

A pesquisa foi liderada por cientistas do Centro de Cancro MD Anderson, na Universidade do Texas, e consistiu na criação em laboratório de células-tronco do sangue do cordão umbilical para agilizar o processo de reabastecimento de sangue, com base na premissa de que aumentando o número de células transplantadas é possível garantir uma recuperação mais rápida.

Um artigo publicado no New England Journal of Medicine explica que o estudo tinha como principal objetivo minimizar as dificuldades inerentes ao suprimento de sangue em pacientes previamente sujeitos a quimioterapia ou radioterapia para tratar a leucemia, linfoma e outras doenças do sangue, recorrendo às células-tronco do sangue do cordão umbilical.

Usando o sangue de um de dois cordões umbilicais doados e fazendo o seu cultivo em laboratório sobre células mesenquimais, os pesquisadores aumentaram, em muito, o número de células transplantadas, o que permitiu reduzir o tempo de recuperação e potenciar a proporção de pacientes cujo sangue novo se restabeleceu.

O método permitiu aumentar em 12 vezes o número total de células médias transplantadas e em 40 vezes o número de células CD34 +, que são cruciais para o transplante, levando ao restabelecimento mais rápido de glóbulos brancos e   plaquetas.

“O pré-transplante de células mesenquimais do sangue do cordão umbilical criadas em laboratório poderia assumir-se como um novo padrão de tratamento, se os nossos resultados forem confirmados num estudo clínico randomizado”, garantem os cientistas.

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