Poucas mutações contribuem para evolução da leucemia

A maior parte das centenas de mutações encontradas na leucemia mieloide aguda – tipo de tumor que afeta o sangue – ocorrem aleatoriamente, como parte do processo de envelhecimento, independentemente do desenvolvimento de cancro, explicam investigadores norte-americanos.

Depois de sequenciar o genoma de 200 pessoas com leucemia mieloide aguda, com vista a uma maior compreensão sobre as mutações que estão na origem da doença, uma equipa da Escola de Medicina da Universidade de Washington descobriu que as células de leucemia sofrem centenas de mutações, mas apenas uma pequena percentagem contribui para a evolução da doença.

Os cientistas concluíram que cada uma das cerca de 10 mil células estaminais da medula óssea adquire cerca de dez mutações ao longo de cada ano, o que sugere que, aos 50 anos de idade, são cerca de 500 as mutações acumuladas em todas as células estaminais do sangue, mutações essas que são aleatórias, ocorrem durante a divisão celular e não estão relacionadas com o cancro.

Em muitos casos, apenas uma ou duas mutações adicionais e em conjunto são necessárias para gerar a malignidade das células, descoberta que pode agora ajudar os pesquisadores a identificar quais as que respondem a uma terapia-alvo.

Os resultados foram publicados na revista Cell.
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