Cuidados Paliativos Pediátricos melhoraram em Portugal

No dia 24 de outubro, na cerimónia de abertura do 4.º Congresso de Cuidados Paliativos Pediátricos (CPP) da Fundação Maruzza, realizado em Itália, foi apresentado o mapa atualizado de provisão de Cuidados Paliativos Pediátricos (CPP) a nível mundial.

Portugal subiu ao nível 4 da International Children´s Palliative Care Network (ICPCN), sendo que, em 2013, ocupava o nível 1 (sem provisão reconhecida) e em 2015 o nível 3 (evidência de provisão localizada e disponibilidade de formação).

A promoção do nosso país para nível 4 (evidência de provisão generalizada, disponibilidade de formação e planos para o desenvolvimento de serviços e integração nos serviços de saúde) legitima o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos em virtude do reconhecimento das necessidades paliativas em pediatria, num esforço conjunto do Grupo de Apoio à Pediatria da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) e do Grupo de Trabalho de Cuidados Continuados e Paliativos da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP), constituídos em 2013.

“O trabalho destes grupos encontrou eco no Ministério da Saúde, em particular junto dos anteriores Secretários de Estado Adjuntos, Fernando Leal da Costa e Fernando Araújo, assim como na Comissão Nacional de Cuidados Paliativos nomeada em 2016”, comentou Ana Lacerda, vice-presidente da APCP e coordenadora dos Grupos referidos.

“Somos igualmente um dos poucos países a nível mundial que dispõem de formação presencial avançada em Cuidados Paliativos Pediátricos (pós-graduação criada em 2012, na Universidade Católica Portuguesa, Lisboa)”, explica ainda Ana Lacerda.

“Agora que Portugal se encontra no nível 4 é essencial que o desenvolvimento de serviços se faça assegurando a qualidade dos cuidados prestados, dentro das inevitáveis limitações de recursos. Acreditamos que a divulgação e aderência aos princípios recomendados constituirão uma ajuda para a continuação do trabalho que tem sido desenvolvido no país pelas Associações e Sociedades Médicas, em estreita colaboração com o Ministério da Saúde”, conclui Duarte Soares, presidente da APCP.

“Importa agora continuar a desenvolver serviços e a promover a educação dos profissionais e da sociedade, com a ambição de atingir o nível 5 (integração plena nos serviços de saúde, com política nacional)”, concluem as entidades responsáveis.

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