Portugal acolhe centro líder na investigação do cancro em 2019

Na passada semana, foi assinado um memorando de entendimento e cooperação que trará para Portugal, em 2019, um centro líder na investigação sobre cancro e no desenvolvimento de novas terapêuticas START. 
Este novo centro ficará instalado no Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN). 
De acordo com o documento, assinado pelo Ministério da Saúde português, pelo START – South Texas Accelerated Research Therapeutics e pelo CHLN, este será o “maior investimento estrangeiro feito alguma vez em Portugal, na área de ensaios clínicos oncológicos de Fase I”. 
“Hoje estamos a criar condições para disponibilizar, mais uma vez, inovação ao mais alto nível do conhecimento, da tecnologia e da terapêutica aos nossos doentes e para termos resposta no país para aquilo que é uma preocupação de todos, porque todos assistimos ao crescimento da doença oncológica, todos assistimos à pressão constante de encontrar em tempo útil as melhores respostas”, disse o presidente do CHLN, Carlos Martins, à Agência Lusa. 
Segundo Carlos Martins, este acordo é “uma oportunidade de parceria internacional e de contribuir, mais uma vez, para o prestígio e para a diferenciação do país”; o novo centro será o primeiro de Fase I a ser instalado em Portugal, e terceiro a nível Europeu.
A cerimónia, que decorreu na passada quinta feira, dia 28 de junho, foi um dia “particularmente feliz” para o Adalberto Campos Fernandes, Ministro da Saúde, que espera que os “nossos amigos americanos percebam bem que estão a fazer uma boa aposta num dos melhores países da União Europeia e que seguramente daqui por um ano ou dois anos vão estar muito satisfeitos e vão dizer que foi uma aposta ganha e uma aposta certa”.
O investimento inicial será de entre um milhão de euros a 1,5 milhões de euros e será partilhado pelo START e pelo CHLN, e servirá para, segundo Carlos Martins, “voltar a alavancar investimento” e políticas de inovação, atrair investimento e conhecimento, o envolvimento de 400 a 500 doentes neste processo dentro de cinco anos, além dos 25 a 30 milhões de euros de orçamento anual e da libertação de 10 a 15 milhões de euros em termos de receita para a instituição.
“Em Portugal, o cancro continua a ser uma causa de mortalidade importantíssima e quando as pessoas morrem desta doença é porque os tratamentos que temos não são suficientes para resolver o problema do cancro”, disse o diretor do departamento de Oncologia do Hospital de Santa Maria, Luís Costa.
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