Dias com altos níveis de poluição PM2.5 aumentam “significativamente” o risco de hospitalizações por sobreviventes de cancro infantil, de acordo com um estudo publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health.
Investigadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, analisaram registos médicos de quase 4 mil sobreviventes de cancro infantil diagnosticados ou tratados no Primary Children’s Hospital, nos Estados Unidos, entre 1986 e 2012.
Depois, os cientistas rastrearam quando e com que frequência esses sobreviventes necessitaram de tratamento de emergência ou foram internados no hospital devido a doenças respiratórias.
O estudo dividiu os participantes em 3 grupos: os que receberam quimioterapia como parte do tratamento oncológico, os que não receberam quimioterapia e um grupo sem cancro; os cientistas descobriram que o risco de hospitalização por doença respiratória era significativamente maior entre os sobreviventes que haviam sido sujeitos a quimioterapia, em comparação com o grupo sem cancro.
De seguida, foi analisado especificamente o que aconteceu com os sobreviventes em dias de insalubridade; o risco de hospitalizações entre os sobreviventes de cancro era significativo quando a poluição do ar (PM2,5) estava abaixo do padrão para grupos sensíveis (35,4 μg / m3).
Ainda assim, níveis abaixo desse padrão ainda podem contribuir para problemas respiratórios em sobreviventes.
Os investigadores acreditam que os sobreviventes de cancro infantil podem ter uma maior vulnerabilidade a altos níveis de PM2.5 por causa dos danos pulmonares e da potencial imunossupressão resultante do tratamento com quimioterapia.
“Este estudo fornece informações valiosas para a comunidade médica sobre de que forma a poluição do ar afeta jovens sobreviventes de cancro.”, concluíram os cientistas.
Fonte: Air Quality News