Recentemente, uma investigação realizada em Espanha descobriu que videojogos podem beneficiar crianças em tratamento oncológico.
Cada vez mais populares entre a camada jovem da sociedade, a importância dos videojogos é hoje inegável – por esse motivo, investigadores do Hospital de la Paz, em Madrid, tentaram descobrir uma forma de este tipo de entretenimento beneficiar a geração mais jovem que está a atravessar uma fase menos boa, como tratamento oncológico.
Os resultados mostraram que os videojogos podem trazer muitos benefícios para as crianças que lutam contra o cancro, principalmente no que diz respeito à quantidade de dor que sentem.
“Qualquer coisa que possa ajudar a diminuir a dor e o desconforto das crianças, é algo que devemos analisar mais aprofundadamente”, disseram os cientistas.
Encomendado pela Fundação Juegaterapia, a investigação descobriu que jogar videojogos pode ajudar a aliviar a dor em crianças com cancro em até 30% – especificamente, doentes oncológicos com mucosite após a quimioterapia.
“A nossa investigação mostrou que os videojogos podem, de forma efetiva, ajudar a reduzir a dor e o desconforto que as crianças sentem após o tratamento.
Os videojogos não apenas ajudam a aliviar a dor, como também diminuem em até 20% algumas intervenções medicinais, como o uso de morfina.
“Tem havido muita discussão em torno de remédios mais naturais para cuidar da saúde de uma criança, mas poucas pessoas esperavam que os videojogos fizessem parte deste leque”.
Para chegar a estas conclusões, a investigação analisou dados recolhidos de crianças com cancro que jogavam videojogos entre 2 e 3 horas por dia.
Os cientistas descobriram que as crianças ficavam menos ansiosas nas admissões quando a “promessa de existência de videojogos pairava no ar”, mais importante, os videojogos também mostraram ser capazes de ajudar as crianças a relaxar durante os momentos difíceis do tratamento.
Apesar de promissoras, as descobertas ainda são muito preliminares, pelo que mais investigações serão necessárias.
Os resultados foram publicados no Journal of Medical Internet Research.
Fonte: Moms