Pesquisa sobre cancro pediátrico recebe impulso da Fundação St. Baldrick

Dois investigadores ligados ao cancro pediátrico, Alex Huang e Yamilet Huerta, receberam 186 mil dólares (cerca de 150 mil euros) em subsídios da Fundação St. Baldrick para conduzir pesquisas sobre o cancro pediátrico.
Huang, professor de Pediatria na Universidade Case Western Reserve, nos Estados Unidos, recebeu apoio financeiro por parte da St. Baldrick's 2018 Summer Fellowship, que servirá para apoiar a próxima geração de oncologistas pediátricos. A ideia será que o investigador apoie dois projetos realizados por estudantes.
“Esses projetos terão um impacto translacional direto nas novas imunoterapias contra o cancro”, disse Huang. 
O primeiro projeto irá explorar de que forma tumores sólidos pediátricos comuns respondem ao sistema imunológico: “vamos concentrar-nos em tumores cerebrais e da medula espinhal, chamados meduloblastoma, e em como as células tumorais usam uma proteína específica, IRF2BP2, para modular as funções imunológicas”, acrescentou Huang. “O segundo projeto estudará como outros tumores de cancro infantil, como o osteossarcoma nos ossos, usam as moléculas nas suas superfícies para recrutar células próximas e metastatizar”.
A investigadora Yamilet Huerta, pediatra especialista em hematologia/oncologia, foi premiada para estudar leucemia mieloide aguda (LMA), a segunda leucemia mais comum na infância, considerada difícil de tratar. Huerta, que também trabalha em parceria com Huang, é a quarta investigadora da equipa de Huang a receber este reconhecimento desde 2009. 
A pesquisa de Huerta apoiará o uso de imunoterapia direcionada em futuros testes clínicos para tratar a leucemia mieloide aguda.
“Infelizmente, apesar das quimioterapias disponíveis e dos transplantes de células estaminais, o prognóstico de uma criança com LMA recorrente ou refratária continua a não ser satisfatório”, disse a investigadora, que explicou que a sua pesquisa irá investigar o “mecanismo pelo qual as células deste tipo de leucemia podem ser mortas através de uma nova técnica de imunoterapia”. 
Com este novo método, os investigadores conseguem manipular geneticamente as células T, que são capazes de se ligar a células de leucemia específicas e, ao mesmo tempo, juntarem-se a outras células T para montar uma resposta imune, capaz de eliminar células cancerígenas.
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