Um grupo de cientistas europeus e norte-americanos está a testar um possível tratamento para o glioma, uma forma agressiva e letal de cancro cerebral que afeta as crianças.
Os pesquisadores descobriram que o composto panobinostat e outras substâncias similares que atuam regulando a ação dos genes podem ser eficazes a travar o desenvolvimento do glioma do tronco encefálico infantil, um tipo de tumor cerebral que afeta geralmente crianças com idades entre os 4 e os 9 anos.
O tumor provoca a perda progressiva do controlo muscular à medida que o tumor vai afetando uma zona do cérebro que liga este órgão à espinal-medula.
O trabalho realizado em laboratório concluiu que o panobinostat, um composto que altera a forma como as células regulam os genes, mostrou capacidade para inibir o crescimento deste tipo de glioma, o que permitirá aumentar as taxas de sobrevivência que, atualmente, não superam os nove meses. Menos de 1% das crianças sobrevivem por um período superior a cinco anos.
Num relatório publicado na revista Nature Medicine, Michelle Monje, autora do estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, explica que os resultados “fornecem esperança para o tratamento desta doença devastadora”.
A investigação foi parcialmente financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde nos Estados Unidos, pelo Departamento de Defesa norte-americano e por 25 fundações sem fins lucrativos dedicadas à cura do cancro cerebral na infância.
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