Pesquisa dá nova visão sobre forma como o cancro se espalha

Um estudo liderado por engenheiros da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, forneceu uma nova visão sobre a forma como as células cancerígenas se movem com base na capacidade de sentir o ambiente. 
A descoberta pode ter um grande impacto nas terapias para prevenir a propagação do cancro.
Publicada na Nature Communications, esta investigação levou a que os especialistas descobrissem que as células têm a capacidade de sentir a rigidez do seu ambiente e que a sua capacidade de movimento depende desse mesmo ambiente. Estes ambientes variam de rígido (tecido ósseo) a macio (tecido adiposo) com rigidez média (tecido muscular).
Para os investigadores, se for possível enganar as células cancerígenas a acreditarem que determinados ambientes não são bons para a migração, pode ser possível a sua propagação.
Por outro lado, a mesma pesquisa também pode ser usada para melhorar a medicina regenerativa. 
Os investigadores compararam células cancerígenas de cérebro humano com células móveis, mas normais, de cérebros de pintos embrionários. Foram feitas cinco experiências diferentes que incluíram ambientes com seis tipos de rigidez; os efeitos de dois medicamentos diferentes contra o cancro nos movimentos celulares também foram avaliados.
Os investigadores explicam que quando o ambiente é rígido o suficiente, as células podem mover-se de forma mais rápida e descobriram que a combinação dos dois fármacos inibiu o seu movimento. 
Para além de aplicar a pesquisa de movimentos celulares na medicina regenerativa, a equipa de investigadores acredita que os próximos passos incluem trabalhar para melhorar as vacinas contra o cancro que estimulam as células que combatem a doença, dirigindo-se diretamente aos tumores.
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