Os pedidos para uma segunda opinião médica estão a aumentar em Portugal e, na maioria dos casos, são feitos por doentes com problemas na área do cancro, cirurgia geral, ortopedia ou oftalmologia.
Estas solicitações são feitas a partir de pareceres emitidos por empresas privadas com base em relatórios clínicos e exames já feitos e podem ser efetuadas por médicos nacionais ou estrangeiros.
No Serviço Nacional de Saúde (SNS) não é hábito, no entanto, os doentes pedirem segunda opinião porque aumentaria a carga de trabalho dos médicos e obrigaria a um maior investimento na área.
José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, confirma que “se existissem muitos pedidos, o serviço público não teria capacidade de responder e travaria todo o sistema”.
Há cada vez mais referências à necessidade de segundas opiniões e o relatório da Rede de Referenciação em Oncologia defende-o.
“O circuito deve ser transparente e devem ser fornecidos pelo primeiro clínico os elementos necessários para a emissão da segunda opinião”, indica o documento, acrescentando que “o pedido de segunda opinião não é motivo para quebra da relação terapêutica com o primeiro clínico nem o vincula à mesma”.
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