Filomena Pereira, diretora do serviço de pediatria do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa (IPO de Lisboa), é a favor da implementação de um espaço único destinado ao internamento de adolescentes até aos 18 anos e ainda de jovens adultos até aos 25 anos que sofrem com cancro.
A especialista justifica a sua pretensão com as limitações de espaço naquele instituto para receber adolescentes e jovens adultos, que são tratados em alas para adultos e idosos, e sublinha a necessidade de criar um espaço único que vá ao encontro das necessidades características destas idades.
Atualmente, o IPO de Lisboa acolhe todos os anos cerca de 160 crianças, mas o seu serviço de pediatria trata apenas crianças e adolescentes com idade até aos 16 anos.
Filomena Pereira considera fundamental a criação de um hospital pediátrico oncológico que tenha ao seu dispor os recursos financeiros necessários que permitam tratar crianças e jovens numa idade mais avançada.
A especialista recorda que “a oncologia pediátrica é um assunto médico, dos pediatras, da oncologia, dos doentes” e é também “um assunto da sociedade civil” e apela ao empenho de todos para intervir e criar suportes que permitam à comunidade médica avançar “em conjunto com a sociedade científica internacional, para formas de investigação e terapêutica que não se compadecem com a falta de recursos, nomeadamente económicos e humanos”.
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