Pediatra que tornou a leucemia infantil uma doença curável morre aos 95 anos

Donald Pinkel, pediatra norte-americano que, a partir do início da década de 1960, desenvolveu um tratamento eficaz para a leucemia infantil, fazendo com que esta se tornasse numa patologia curável para uma grande maioria dos casos, faleceu na passada quarta-feira, 9 de março, na Califórnia, nos Estados Unidos, aos 95 anos de idade.

As investigações desenvolvidas durante décadas e os contributos fundamentais dados pelo pediatra Donald Pinkel na área do tratamento da leucemia linfoblástica aguda (LLA), doença que tinha, à data, uma taxa de mortalidade muito elevada, tornaram este tipo de cancro infantil uma patologia curável.

Donald Pinkel sempre acreditou que a leucemia infantil “podia ser vencida” e, através de experiências realizadas ao longo de anos, recorrendo a vários tipos de medicamentos quimioterápicos e radioterápicos, bem como a melhorias nos protocolos de tratamentos, consegui fazer com que a taxa de sobrevivência da doença após cinco anos aumentasse para os 94%.

A equipa de investigadores liderada por Donald Pinkel foi responsável pelo desenvolvimento da chamada “Terapia Total”. Este tratamento é a espinha dorsal do protocolo de tratamento intensivo contra a leucemia linfoblástica aguda. No final da década de 1960, a “Terapia Total” curava já quase metade das crianças com a doença.

Os grandes avanços na luta contra esta patologia realizados por Donald Pinkel fizeram com que, atualmente, a leucemia linfoblástica aguda seja uma patologia cuja cura é, para uma grande maioria dos casos, possível.

James R. Downing, atual presidente do St. Jude Children’s Hospital, em Memphis, nos Estados Unidos, afirmou que Donald Pinkel foi o homem que “conseguiu tornar a leucemia infantil uma doença curável”.

Donald Pinkel nasceu em Buffalo, nos Estados Unidos, a 7 de setembro de 1926 e formou-se em medicina em 1951. Foi o primeiro presidente e diretor clínico do St. Jude Children’s Hospital, tendo dedicada toda a sua vida à oncologia pediátrica e à luta contra o cancro infantil, com foco na leucemia linfoblástica aguda.

Fonte: New York Times

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