A última Conferência Nacional da Academia Americana de Pediatria (AAP) debateu recentemente a problemática associada a intervenções médicas realizadas em crianças “apenas por segurança” que são, muitas vezes, desnecessárias.
Alan Schroeder, chefe do serviço de internamento pediátrico de um hospital de urgência para crianças na Califórnia, nos Estados Unidos, sublinha que muitos tratamentos e exames excessivos ocorrem mais comummente em pediatria, como tomografias computadorizadas em crianças que levaram uma pancada leve na cabeça, e podem ter efeitos nocivos para os pacientes.
O especialista Alan Schroeder aponta a pressão exercida pelos pais e o medo de deixar “escapar” algum problema como as razões mais frequentes que levam os médicos a prestarem cuidados desnecessários e prescreverem exames excessivos.
Para recordar a necessidade de evitar estas situações, o pediatra destaca a importância da campanha norte-americana “Choosing Wisely”, que reúne mais de 60 sociedades médicas dos Estados Unidos, incluindo a Academia Americana de Pediatria.
A iniciativa tem por objetivo promover a discussão dos tratamentos entre médicos e pacientes, a fim de garantir que estes estão a par dos efeitos e riscos associados a cada tratamento, exame ou medicamento.
Desde que foi lançada, a ação já permitiu identificar mais de 250 exames e procedimentos considerados excessivos ou inadequados nas suas áreas.
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