Cientistas dos Estados Unidos revelam, num artigo publicado na revista Cancer, que a pandemia de COVID-19 causou angústia física, psicológica e financeira nos profissionais de saúde de oncologia pediátrica.
Durante a investigação, foram analisados dados de inquéritos feitos a 311 clínicos e 213 instituições de 79 países diferentes que cuidavam de crianças com cancro. Os dados foram recolhidos de 22 de junho a 21 de agosto de 2020.
Os dados apurados mostraram que uma diminuição da disponibilidade de pessoal clínico teve um grande impacto em 51% das instituições e 66% das instituições sofreram devido a mudanças de funções ou responsabilidades nos funcionários e transferência de pessoal para trabalhar fora da sua especialidade.
Os impactos físicos incluíram casos de COVID-19, com 8% dos inquiridos a relatar a morte de prestadores de cuidados de saúde nas suas instituições. Observou-se ainda que 50% dos prestadores de cuidados não possuíam o equipamento de proteção pessoal necessário.
A investigação revelou, adicionalmente, que os inquiridos também sofreram angústia psicológica e preocupações financeiras, sendo que estes impactos foram sentidos por países de todos os níveis de rendimento.
Os inquiridos relataram que os impactos foram abordados através do aumento do trabalho de equipa, comunicação, contribuições fora dos papéis habituais e políticas destinadas a otimizar a segurança. Os impactos negativos foram também contrabalançados pelos sentimentos de contribuição para o controlo da pandemia.
De acordo com os autores do estudo, os fatores que ajudaram a mitigar os efeitos da pandemia devem ser reforçados e implementados pelas organizações para apoiar os prestadores de cuidados de saúde durante esta pandemia e futuras crises de saúde.
Fonte: Eurekalert