Apesar de ter perdido a vida para o cancro, a luta da Emilie Gibson contra o cancro infantil está longe de terminar.
Os seus pais, Trey e Candi Gibson, quiseram manter viva a memória desta pequena guerreira através da criação de uma nova fundação, que visa consciencializar a população e apoiar pesquisas, instituições, organizações, famílias e iniciativas.
“Este é o nosso presente para ela”, disseram os pais na apresentação da Fight Like Emilie Foundation, que decorreu no dia 15 de junho, uma data que seria o 11º aniversário de Emilie.
A menina, natural dos Estados Unidos, foi diagnosticada com um Glioma Pontino Intrínseco Difuso, um tumor cerebral agressivo, em setembro de 2016.
Este tipo de tumor cerebral é o mais comum em crianças, representando aproximadamente 80% de todos os tumores pediátricos do tronco cerebral. Infelizmente, menos de 10% das crianças com a doença sobrevivem dois anos após o diagnóstico.
“Nós sabíamos o prognóstico desde o início. Mas a Emilie era uma lutadora, uma criança que veio para este mundo para lutar”, disse, emocionado, o pai da menina.
Infelizmente, Emilie faleceu a 31 de outubro de 2017, após uma batalha de quase 14 meses.
“Apesar de ainda estarmos a passar por um processo de luto, sentimo-nos abençoados pelo amor e apoio que recebemos de tantas pessoas. Agora é a nossa vez de fazer a diferença para os filhos de outras famílias”, explicou a mãe de Emilie.
Os tumores cerebrais são atualmente o cancro mais comum e a principal causa de morte relacionada ao cancro em crianças com menos de 15 anos de idade. Ao contrário de muitos outros cancros pediátricos, tem havido pouco progresso no que toca a melhorias no tratamento e às taxas de cura para o Glioma Pontino Intrínseco Difuso nas últimas décadas. E é isso que os pais de Emilie querem mudar com a Fight Like Emilie Foundation.
“Estamos numa missão de derrotar o cancro infantil, esta doença terrível que só recebe 4% do financiamento do governo norte-americano”.
A fundação não estará apenas focada no Glioma Pontino Intrínseco Difuso, mas em todos os tipos de cancro infantil, nomeadamente na região de Shreveport-Bossier, o local de residência da pequena Emilie.
“Os recursos para os tratamentos são muito limitados aqui. Quando a Emilie estava em tratamentos, tínhamos que conduzir durante seis horas para chegarmos até ao St. Jude Children's Research Hospital. Um dos nossos objetivos com a criação desta fundação é melhorar as coisas para as próximas famílias que, infelizmente, tiverem de passar por este drama”, explicaram os Gibson.
“Nós queremos que as pessoas se juntem a nós. Esta é uma batalha que não podemos vencer sozinhos”, disseram.
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