Pais de crianças com cancro por vezes arrependem-se de decisões

Os pais de crianças com cancro têm muitas vezes que tomar decisões difíceis e um novo estudo sugere que um em cada seis arrepende-se de algumas das suas escolhas.
Muitas vezes, os médicos podem recomendar um tratamento claramente preferível mas, às vezes, tal como aponta a principal autora do estudo, Jennifer Mack, oncologista pediátrica no Instituto Dana-Farber e no Hospital de Cancro Infantil de Boston, nos Estados Unidos, os pais precisam de tomar decisões de extrema importância, sobre, por exemplo, se o filho deve participar num ensaio clínico, ou se a criança deve ser sujeita a uma cirurgia.
Os pais sentem muitas vezes que não têm controlo da situação quando o seu filho é diagnosticado com cancro e tomar decisões sobre o seu tratamento é a única coisa que está ao seu alcance.
“Queríamos tentar entender o que experienciam os pais e quando olham para as suas tomadas de decisão, como se sentem sobre elas”, refere a especialista num artigo publicado no Journal of Clinical Oncology.
A equipa de Jennifer Mack examinou 346 pais de crianças com cancro em dois centros médicos norte-americanos (um pai por família) ao longo de 12 semanas após o diagnóstico de cancro.
As conclusões revelaram que 54 (16 por cento) arrependeram-se das suas decisões. Cerca de um terço não se arrependeu das suas decisões e faria as mesmas escolhas, enquanto 45 por cento tinham algumas dúvidas.
Questões de comunicação foram associadas à forma como os pais se sentiam sobre as suas decisões. Os progenitores eram menos propensos a sentir arrependimento se revelassem ter recebido informações detalhadas sobre o prognóstico, se confiassem no médico do seu filho ou se estivessem confortáveis no seu papel de tomada de decisão.
A equipa considera que é importante para os pais poderem conversar abertamente com os profissionais que tratam dos seus filhos e não se sentirem forçados ou pressionados a tomar decisões.
Este artigo foi úlil para si?
SimNão

Deixe um comentário

Newsletter