A história do pequeno John Oliver Zippay está a correr, e a emocionar, o mundo inteiro, depois de ter surgido um vídeo onde a criança é aplaudida pelos seus colegas no seu regresso à escola depois de terminar o seu último tratamento de quimioterapia.
John, atualmente com 6 anos, foi diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda em 2016, quando tinha apenas 3 anos de idade. Desde aí a criança não tem podido frequentar a escola com a assiduidade desejada.
Mas, a 27 de dezembro, o menino fez o seu último tratamento de quimioterapia e, para comemorar o seu retorno à escola, os seus colegas receberam-no com aplausos, sorrisos e muita felicidade.
Uma luta que durou 3 anos
Tudo começou em outubro de 2016, na altura do Halloween, quando John caiu e bateu com a cabeça na cabeceira da cama; os seus pais, John e Megan, ficaram muito preocupados, uma vez que a criança ficou pálida e letárgica.
Depois de levarem o filho ao médico, e após vários exames ao sangue, o médico chamou-os ao consultório a meio da noite.
“Foi um choque quando nos apercebemos que a palavra ‘cancro’ começou a aparecer na conversa”, recorda o pai.
Todos os sinais apontavam para uma forma de leucemia; e foi ali que o mundo da família Zippay “parou”.
O casal, juntamente com a filha mais velha, passou 18 dias no hospital com John, enquanto ele fazia biópsias, transfusões de sangue e uma miríade de testes.

John no primeiro dia de tratamento. – Fonte: DR
Após o diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda, os 3 anos seguintes consistiram em todos os tipos diferentes de quimioterapia e outros tratamentos.
Os efeitos secundários foram muito fortes e foi isso que tornou difícil para John fazer algumas das coisas normais que as crianças fazem nesta idade, “quanto mais ir à escola de forma consistente”, revela o pai.
Mas, embora o menino tenha perdido muitos dias de escola, nunca deixou de estudar, mesmo durante os internamentos.
Publicado por Megan Zippay em Segunda-feira, 4 de novembro de 2019
Um sistema de suporte inigualável
Durante o tratamento de John, a sua mãe Megan fez questão de documentar todos os passos do filho, todos os dias bons e maus, num grupo do Facebook para os amigos da criança pudessem acompanhar o seu percurso.
“Nós somos uns sortudos. Posso mesmo dizer que, apesar de tudo, fomos abençoados. Tivemos o apoio incondicional da nossa família e amigos, dos membros da comunidade e dos funcionários da escola e do hospital”.

Os Zippay tentaram manter as rotinas de John o mais normais possível. – Fonte: DR
No último dia de quimioterapia de John, as enfermeiras, familiares e amigos reuniram-se para que ele pudesse tocar o sino da esperança, uma tradição em alguns hospitais, que representa o fim do tratamento contra o cancro.
“Eu virei-me para o meu filho e disse-lhe ‘agora vais ter que tocar neste sino. Toca com muita força. Toca em memória de todas as crianças que não tiveram a mesma sorte que tu John’. E assim foi”.
“Ainda hoje tenho essa imagem na minha cabeça, quase que em câmara lenta, do meu filho, muito orgulhoso, a tocar aquele sino”.
Neste momento, os pais de John estão ansiosos para poder ver o seu filho a fazer todas as coisas que as crianças devem fazer, como brincar, sujar-se e, acima de tudo, serem felizes.

A família Zippay no dia em que John regressou à escola. – Fonte: DR
Fonte: CNN