Uma vida a fotografar o cancro pediátrico

Todos os pais querem congelar a infância dos seus filhos. Nos bons dias, e mesmo nos maus, os pais estão constantemente atrás de uma lente a tentar capturar sorrisos minúsculos ou caras de birra.

E para os pais que criam uma criança com cancro pediátrico, isso não é diferente.
Alissa McDonald, fundadora do The Mark Makers, trabalha para oferecer fotografias a famílias afetadas pelos pelo cancro infantil.

Um momento de ternura entre dois irmãos.

Esta ideia surgiu após a própria filha de Alissa ter sido diagnosticada com uma doença neurodegenerativa.

A família de Alissa passou inúmeras horas em isolamento devido à condição da sua filha. Mas quando uma amiga se ofereceu para fotografar a luta da criança, a família aceitou prontamente; foi por causa dessas fotos que Alissa se inspirou e se sentiu na obrigação de, com uma simples fotografia, contribuir para melhorar, nem que fosse só um bocadinho, a vida de famílias que lutam diariamente contra o cancro infantil.

“A The Mark Makers captura a vida daquelas famílias. Aquelas fotos captam lágrimas, sorrisos, momentos de luta e de triunfo, boas e más notícias”, explicou Alissa.

“As fotos que a Alissa nos tira, mesmo nos momentos maus, são a nossa história, uma história de medo, esperança, fé e força”, disse uma mãe.

Um dos momentos mais tocantes que Alissa fotografou foi o momento em que uma menina com cancro estava a partir o seu bolo de aniversário.

“Naquele momento, em que a criança estava internada no hospital, o sonho daquela mãe era que a sua filha tivesse uma festa de aniversário como todas as crianças merecem. Ela achou que não era possível, mas nós fizemos tudo: enfeitámos o quarto com lençóis drapeados, fotografias, balões e decorações das paredes. Naquele dia, o cancro deixou de existir, só existia uma família a celebrar o aniversário da sua filha”, recorda Alissa.

Mas, infelizmente, a maioria das fotografias não são de momentos felizes.

“Eu não faço sessões fotográficas em campos de flores com roupas coordenadas, eu documento o cancro pediátrico”.

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