O cientista Orazio Vittorio, do Children’s Cancer Institute, na Austrália, foi recentemente reconhecido pela sua “excecional contribuição” em investigações contra o cancro pediátrico.
O investigador e sobrevivente de cancro Orazio Vittorio foi recentemente premiado com o Outstanding Cancer Research Fellow pelos Cancer Institute New South Wales Research Awards, uma iniciativa do governo australiano que pretende celebrar e premiar a excelência e a inovação na pesquisa contra o cancro.
Orazio Vittorio lidera um grupo de cientistas do Children’s Cancer Institute que, neste momento, está a investigar o papel que alguns metais, como o cobre, desempenham no crescimento do cancro. O objetivo desta investigação é o de “desenvolver novas e melhores terapias oncológicas”.
“Receber esta prémio é uma honra enorme, não só para mim, como para toda a minha equipa. Não me posso esquecer também do Children’s Cancer Institute, que tem apoiado esta investigação desde o início”, disse o cientista.
Juntamente com o galardão, Orazio Vittorio irá também receber 10 mil dólares (cerca de 8 400 euros), que servirão para ajudar a financiar esta, e outras investigações lideradas pelo cientista.
Conhecido pelo seu trabalho com metais, Orazio Vittorio dedica-se a investigar o papel que os elementos metálicos desempenham na saúde humana.
Entre outras descobertas, Orazio descobriu que altos níveis de cobre ajudam as células cancerígenas a evadir o sistema imunitário, bem como a resistir aos efeitos dos fármacos anticancerígenos.
Este investigador também foi capaz de desenvolver uma nova técnica de imagem baseada na deteção dos níveis de cobre, que pode levar a uma nova forma de monitorizar o crescimento do tumor e a resposta ao tratamento em pacientes com cancro.
“Considero-me um inovador … Gosto de explorar caminhos nunca antes explorados. Daí a importância deste prémio que, para mim, é mais uma confirmação de que as minhas investigações estão na direção certa”.
Ele próprio um sobrevivente de cancro infantil, o principal objetivo de Orazio é “melhorar os níveis de sobrevivência em crianças com cancro, principalmente em tipos de cancro onde não têm existido quaisquer melhorias nos últimos 20 anos, como é o caso de tumores cerebrais agressivos”.
“A maioria dos tratamentos oncológicos usados em crianças não foi desenvolvida para eliminar especificamente as células cancerígenas. Estes tratamentos matam todas as células e isso é um grande problema, principalmente em crianças, cujos corpos ainda estão em desenvolvimento”.
“Quando penso em crianças com cancro e no que as suas famílias estão a passar, torna-se ainda mais urgente que eu encontre uma maneira de ajudar”.
Fonte: Newsroom