Foi na passada terça feira, dia 1 de outubro, que se deu início à montagem do estaleiro para a construção da ala pediátrica do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ).
A nova ala pediátrica, com um orçamento previsto de 25 milhões de euros, terá cinco pisos e mais dois subterrâneos, capacidade para 98 camas e cerca de 12 mil m2 de área bruta de construção.
Integrado no edifício principal do hospital, este espaço acolherá várias especialidades, incluindo a pediatria, neonatologia, medicina intensiva pediátrica, oncologia pediátrica, cardiologia pediátrica, cirurgia pediátrica e a primeira unidade de queimados pediátricos do Norte que, de acordo com a instituição, terá “caraterísticas e equipamentos inovadores”.
“Trata-se de um momento crucial no percurso do Centro Hospitalar Universitário de São João, que dará uma resposta de qualidade às crianças e jovens da região norte”, disse, em comunicado, o CHUSJ.
Apesar de considerar que o avanço das obras “peca por tardio”, o líder da APOHST – Associação Pediátrica Oncológica do São João, Jorge Pires, afirma que “valeu a pena” a luta iniciada, à cerca de ano e meio, pelos pais de crianças internadas em contentores.
“Os pais das crianças estão contentes, embora não se perceba a razão pela qual a construção só se inicie agora, quando já foi anunciado há meses que havia dinheiro para a construção, autorização do Governo para adjudicar a empreitada por ajuste direto e escolha da empresa vencedora por parte da administração do São João”, relembra Jorge Pires.
Em visita às instalações, o primeiro ministro António Costa congratulou os esforços feitos para que as crianças fossem retiradas dos contentores.
“Tenho muita satisfação em ver que não chegámos ao fim deste Governo sem que aquilo que esteve parado tanto tempo esteja agora em ação”, referiu António Costa.
“Os projetos estão feitos, os concursos de empreitada foram tratados, os contratos foram feitos e a obra já se iniciou. Temos agora 18 meses para a sua conclusão”.
A construção da ala pediátrica do CHUSJ está a cargo da empresa Casais – Engenharia e Construção, S.A., sendo que a obra deverá estar concluída em 18 meses, devendo iniciar a atividade clínica no primeiro semestre de 2021.
Fonte: Expresso/Jornal de Notícias