Obesidade pode reduzir hipóteses de sobrevivência no cancro pediátrico

Uma investigação realizada no Canadá concluiu que crianças com obesidade no momento do diagnóstico de cancro podem ter um risco maior de recaída e menor taxa de sobrevivência. Os resultados foram publicados na revista científica Cancer.

O impacto da obesidade no tratamento

O estudo analisou dados de mais de 11 mil crianças com cancro, entre os 2 e os 18 anos, diagnosticadas entre 2001 e 2020. Cerca de 10,5% tinha obesidade no momento do diagnóstico, definida como um índice de massa corporal igual ou superior ao percentil 95 para a idade e o sexo.

Os investigadores compararam a sobrevivência das crianças ao longo de cinco anos e concluíram que:

      • Crianças com obesidade tinham menor taxa de sobrevivência sem recaída (77,5% contra 79,6%).
      • A sobrevivência global também foi inferior (83% contra 85,9%).
      • Após ajustes por idade, sexo e outros fatores, verificou-se que a obesidade no diagnóstico estava associada a um risco 16% maior de recaída e a um risco 29% maior de morte.

Os efeitos negativos foram mais evidentes em crianças com leucemia linfoblástica aguda e tumores cerebrais.

Necessidade de novas estratégias

Os autores do estudo, realizado no Centre Hospitalier Universitaire Sainte-Justine (Canadá), alertam para a importância de estratégias que reduzam o impacto da obesidade no prognóstico do cancro pediátrico e reforçam a necessidade de combater a obesidade infantil como uma questão urgente de saúde pública.

Fonte: Medical Xpress

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