O que os pais precisam de saber acerca do glioma pontino intrínseco difuso

O glioma pontino intrínseco difuso, ou DIPG, é um tipo de cancro infantil que afeta, com maior frequência, as crianças com idades entre os 5 e os 7 anos.

Em particular, este tumor cerebral pediátrico é fatal e extremamente agressivo.

O que é o glioma pontino intrínseco difuso?

De acordo com a American Childhood Cancer Organization, o glioma pontino intrínseco difuso é um tumor encontrado na parte do tronco cerebral chamada ponte. O tronco cerebral está localizado logo acima da parte traseira do pescoço e está ligado à coluna vertebral; essa parte do tronco cerebral controla muitas das funções vitais do corpo humano, como os batimentos cardíacos, a respiração, a deglutição, a visão e o equilíbrio.

À medida que o tumor se mistura com células normais e saudáveis ​​e aumenta de tamanho, é colocada uma maior pressão sobre os nervos ao redor da ponte. Quando isso acontece, o tumor começa a interferir em quase tudo.

A visão, a fala e a capacidade de andar do paciente são afetadas.

Por fim, o tumor afetará até a regulação dos batimentos cardíacos e a capacidade de respirar de uma pessoa.

Quanto tempo, em média, sobrevive uma criança diagnosticadas com glioma pontino intrínseco difuso?

Quando se trata dos diferentes tipos de cancro infantil, os tumores cerebrais são a causa mais comum de morte.

Entre os diferentes tipos de cancro cerebral, o glioma pontino intrínseco difuso é o mais mortal. A maioria das crianças diagnosticadas com esta forma de cancro acabam por falecer no espaço de 1 ano após o diagnóstico. De uma forma geral, o tempo de sobrevivência é de 9 meses, sendo que apenas 10% das crianças viverão 2 anos após o diagnóstico.

Qual a faixa etária mais afetada pelo glioma pontino intrínseco difuso?

A maioria das crianças diagnosticadas com glioma pontino intrínseco difuso tem entre 5 e 7 anos, de acordo com a DIPG Resource Network.

Contudo, existem casos de crianças que são diagnosticadas numa idade mais precoce ou numa idade mais avançada, mas a verdade é que é bastante raro que este tipo de cancro seja diagnosticado em adultos.

A causa para o aparecimento deste cancro também não é conhecida; não existe qualquer correlação com fatores ambientais ou genéticos. Ainda assim, os especialistas acreditam que existe um vínculo entre o glioma pontino intrínseco difuso e a faixa etária em que o cérebro de uma criança se desenvolve de uma forma mais significativa.

Quais os sinais de alerta para o glioma pontino intrínseco difuso?

A fala arrastada e a dificuldade em respirar são dois dos sintomas mais comummente identificados.

Para além disso, também existem relatos de movimentos oculares estranhos, paralisia facial e problemas de equilíbrio. As crianças também podem sentir fraqueza nos braços ou pernas à medida que o tumor pressiona os nervos que controlam os membros.

E, uma vez que os tumores cerebrais causam pressão no crânio, as crianças também podem sentir dores de cabeça, náuseas e vómitos frequentes.

Como é feito o diagnóstico do glioma pontino intrínseco difuso?

O diagnóstico do glioma pontino intrínseco difuso ocorre, de uma forma geral, após as crianças serem sujeitas a uma ressonância magnética.

Por vezes, são pedidas biópsias à massa cancerígena, uma vez que a realização de uma biópsia pode ajudar a determinar quais as combinações de medicamentos que podem ajudar a tratar o tumor.

De forma a tornar a vida das crianças mais confortável após o diagnóstico de glioma pontino intrínseco difuso, o primeiro passo no plano de tratamento é colocá-las num regime de esteroides, uma vez que estes químicos melhoram os sintomas neurológicos melhoram e reduzem o edema ao redor do tumor.

Embora os medicamentos quimioterápicos não pareçam ajudar pacientes com glioma pontino intrínseco difuso, a maioria das crianças é submetida a tratamentos radioterápicos na tentativa de reduzir a dimensão do tumor; de acordo com a DIPG.org, a terapia de radiação é eficaz em cerca de 80% dos pacientes.

Mas, infelizmente, mesmo que esse tratamento seja eficaz, será apenas uma solução temporária, uma vez que, em quase todos os casos, o tumor volta a crescer após cerca de 6 meses.

Existe tratamento para o glioma pontino intrínseco difuso?

Infelizmente, a cirurgia não é uma opção para pacientes com esta doença.

Tentar remover cirurgicamente um tumor no tronco cerebral pode causar ainda mais problemas neurológicos; uma vez que a ponte está localizada dentro do cérebro, é quase impossível para um cirurgião conseguir ter acesso ao tumor sem danificar as áreas circundantes.

Além disso, um tumor de glioma pontino intrínseco difuso não é uma massa sólida, ao contrário de muitos outros tipos de tumores.

As células cancerígenas estão espalhadas e misturadas com células cerebrais saudáveis, o que torna impossível a sua remoção; por outro lado, não remover todas as células cancerígenas significa que elas continuariam a dividir-se, promovendo, mais uma vez, o crescimento do tumor.

Fonte: Moms

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