O milagre da solidariedade: a história de Heather

Quando, há 4 anos, Heather Williams iniciou uma nova fase da sua vida ao entrar para a Universidade da Geórgia, podia ter tentado por para trás o passado.

Mas não… Heather, uma sobrevivente de cancro infantil, utilizou esta nova fase para inspirar todos os seus colegas a ajudar crianças que, tal como ela, tinham sido diagnosticadas com a doença.

Em 4 anos, a jovem já angariou mais de 100 mil dólares (cerca de 90 mil euros) para o Children’s Healthcare of Atlanta, nos Estados Unidos, a instituição onde esta jovem universitária foi submetida a tratamentos e que acredita ter sido o principal responsável por hoje estar curada.

“Quando eu entrei na universidade já sabia que tinha de fazer alguma coisa para ajudar o Children’s Healthcare of Atlanta”, conta a Heather.

No seu primeiro dia enquanto estudante universitária, Heather deu início a uma organização que pretendia apoiar as famílias de crianças com cancro internadas no hospital. No começo, o grupo era bastante reduzido: apenas Heather, a sua colega de quarto e alguns amigos.

Mas o mote estava dado e o nome escolhido: Hope, esperança em português.

“Quando estamos internados num hospital, é muito fácil perder a esperança. Quando o nosso prognóstico não é bom, a nossa maneira de lidar com isso é focando-nos nas coisas negativas. E não podemos. Temos que ter sempre esperança. Acreditar que vamos superar tudo aquilo. Foi isso que me fez continuar a lutar”, conta a sobrevivente.

Uma vez por mês, os elementos da Hope visitavam as crianças internadas na instituição; o outro trabalho era feito entre portas, a organizar eventos, a convidar pessoas para se juntarem à causa e a encontrar soluções para conseguir angariar o máximo dinheiro possível.

Uma dessas soluções passou pela inscrição do grupo numa Maratona de Dança solidária que juntava universidades e escolas secundárias de todo o país. Os organizadores do evento ficaram tão impressionados com o trabalho desenvolvido por estes estudantes que os incentivaram a criar a sua própria Maratona de Dança solidária, dedicada ao cancro infantil.

E assim foi.

Com a ajuda de todos os elementos, Heather começou a fazer algumas mudanças na organização; ao mesmo tempo que a equipa projetou a sua primeira maratona de dança, Heather deu um novo nome ao grupo: Miracle UNG, milagre em português.

No primeiro ano, a maratona de dança organizada pela Miracle UNG conseguiu angariar mais de 42 mil dólares (cerca de 38 mil euros); no ano passado, esse valor aumentou para 53 mil dólares (cerca de 48 mil dólares).

“A Heather é uma líder nata. Ela é a pessoa mais esforçada, motivada, altruísta e inspiradora que conheço”, disse uma das suas amigas, que trabalha com a jovem na Miracle UNG.

Mesmo a sentir alguns dos efeitos secundários decorrentes do tratamento a que foi sujeita em criança, Heather rejeitou o conselho do seu médico, que a aconselhou a diminuir a sua carga horária, e continua empenhada nos seus estudos, na sua organização e no seu cão, o Biscuit.

“Neste momento quero continuar a ajudar mais e mais crianças. Não quero desistir”, revela a estudante que pretende terminar o seu curso de fisioterapia, e tornar-se uma fisioterapeuta pediátrica.

Fonte: AJC

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