Todos os dias, a Universidade do Kentucky, nos Estados Unidos, é palco de várias investigações na área da oncologia pediátrica.
“Nos Estados Unidos, cerca de 80% das crianças diagnosticadas com cancro sobrevivem, mas 20% não. A coisa mais importante que podemos fazer é encontrar novas modalidades de tratamento para essas crianças que acabam por falecer”, explicou Jill Kolesar, regente do curso de Farmácia da Universidade do Kentucky e presidente do Markey Cancer Center.
O Markey Cancer Center é um instituto que oferece cuidados médicos a crianças no estado do Kentucky.
“É fundamental continuar a apoiar estas investigações. Temos que ser capazes de identificar todos os mecanismos que continuam a causar cancros e temos também que ser capazes de encontrar novas modalidades de tratamento”.
Curiosamente, no estado do Kentucky, as taxas de incidência de cancro infantil são mais elevadas do que as encontradas na maioria dos restantes estados norte-americanos – atualmente, essa é uma das investigações em andamento no Markey Cancer Center: perceber o porquê de os jovens do Kentucky serem mais propensos a serem diagnosticados com cancro cerebral e do sistema nervoso central.
Até agora, não foram encontradas quaisquer evidências de uma relação direta entre exposições industriais ou ambientais e a doença; os cientistas começaram agora a analisar o uso doméstico de pesticidas e a exposição a agentes químicos menos conhecidos.
Mas todas estas investigações requerem apoio monetário essencial – e grande parte desse financiamento provem do Kentucky Pediatric Cancer Research Trust Fund, um conselho independente administrado pelo Serviços de Saúde e Família do estado.
O fundo fiduciário permitiu que os investigadores da Universidade do Kentucky recolhessem tecido tumoral cerebral de crianças que fizeram biópsias ou cirurgias cerebrais.
Ao mesmo tempo, os investigadores estão também a examinar mutações herdadas, recolhendo amostras de saliva de sobreviventes de cancro pediátrico.
“Este fundo tem sido essencial para a progressão do nosso trabalho. Não teria sido possível fazer tudo aquilo que temos feito senão tivéssemos tido algum apoio financeiro. E, o mais importante, é que já começamos a ver um retorno desse investimento.”
“Os cancros pediátricos são muito raros e é muito difícil obter financiamento para apoiar a pesquisa na área da oncologia pediátrica. Ter este tipo de apoios, focados no cancro infantil, é fundamental para continuarmos o nosso trabalho e para fazermos descobertas inovadoras”.
Fonte: Universidade do Kentucky