Há cerca de um ano atrás, Kellie Andrew levou a filha Brinn ao médico, pois a menina não parava de se queixar de dores na barriga e a febre que a afetava teimava em não baixar.
Nesse dia, as vidas desta mãe e filha mudariam para sempre.
“O médico ficou muito alarmado, e pediu logo para que fossemos ao hospital fazer exames, onde as piores expetativas se confirmaram”, conta Kellie.
Brinn foi diagnosticada com um neuroblastoma em estágio 3.
A partir daí, a menina foi sujeita a 6 ciclos de quimioterapia, uma cirurgia, terapia com células estaminais e, neste momento, está a ser submetida a imunoterapia.
Atualmente com 2 anos e meio de idade, Brinn já não tem cancro, mas ainda tem cerca de 6 meses de tratamento pela frente.
“A minha filha tem 85% de probabilidade de ficar curada e de permanecer curada. Mas há sempre aqueles 15% que me fazem ficar acordada toda a noite”.
O médico de Brinn, e diretor da ala de oncologia pediátrica do Levine Children’s Hospital, nos Estados Unidos, o médico Javier Oesterheld, confirma que a probabilidade de sobrevivência da menina é realmente elevada.
“Há 20 ou 30 anos atrás, um diagnóstico de cancro infantil era uma sentença de morte para metade das crianças diagnosticadas. Hoje, graças à investigação e aos novos tratamentos, 85% dos casos resultam em remissão.
O Levine Children’s Hospital é um dos 230 hospitais dos Estados Unidos que compõem o Children’s Oncology Group, uma organização que realiza testes clínicos para procurar uma cura para o cancro pediátrico.
“Cerca de um terço dos nossos pacientes têm leucemia, e as taxas de cura da leucemia dispararam nos últimos 10 a 12 anos. A pesquisa em tumores cerebrais é um pouco mais escassa, é verdade, mas isso deve-se, em parte, devido ao perigo de testar tecidos de tumores cerebrais. Para que os resultados dos tumores cerebrais melhorem, temos que melhorar as nossas técnicas cirúrgicas. O cérebro é um sistema fechado e muito vulnerável. Temos que ser extra cautelosos”, disse o médico.
O Levine Children’s Hospital realiza ensaios clínicos há mais de uma década.
Segundo o médico, os investigadores estão cada vez mais próximos de atingir resultados favoráveis que levem à cura do cancro infantil, mas são necessárias mais pesquisas e recursos para melhorar ainda mais as taxas de sobrevivência.
Fonte: WBTV