Investigadores do Instituto de Genética Smurfit, no Colégio Trinity de Dublin, na Irlanda, anunciaram ter conseguido um avanço significativo na compreensão do neuroblastoma, um tipo de cancro infantil que afeta o sistema nervoso simpático.
A nova pesquisa explorou a função do gene CHD5 no desenvolvimento deste tipo de tumor, que é silenciado em crianças diagnosticadas com a pior forma de neuroblastoma.
Chris Egan, principal autor do estudo, juntamente com colegas do Instituto Karolinska, em Estocolmo, mostrou que, sem o gene CHD5, os neuroblastos são incapazes de realizar a sua maturação ou “diferenciação” em neurónios maduros.
O grupo de trabalho, liderado por Adrian Bracken, foi financiado pela Fundação Nacional de Ciências da Irlanda. Num artigo publicado na revista Developmental Cell, Adrian Bracken explicou que “compreender o papel dos genes cuja eliminação ou inativação está associada à doença é fundamental para o desenho de estratégias terapêuticas inteligentes.”
O especialista refere que as descobertas anunciadas permitiram desvendar a função normal do gene CHD5, o que indica que “a sua inativação nos neuroblastomas gera uma incapacidade nestas células de amadurecerem corretamente ou de se diferenciarem”.
No futuro, a equipa pretende avaliar o benefício da reativação do CHD5 em células de neuroblastoma, que geralmente mantêm uma cópia deste gene silenciado, com o objetivo de poder vir a “gerar novos e melhores tratamentos para as crianças com esta doença”.
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