Novo fármaco de quimioterapia menos tóxico sobre fertilidade nas jovens

Um novo medicamento de quimioterapia menos tóxico, criado na forma de nanopartículas, foi projetado por cientistas da Universidade de Medicina de Northwestern, nos Estados Unidos, para evitar efeitos na fertilidade de jovens mulheres que lutam contra o cancro. 
Para avaliar os efeitos do fármaco, os cientistas conceberam um novo ensaio in vitro rápido, que permite indicar, num curto espaço de tempo, a toxicidade de um medicamento de quimioterapia diretamente sobre a fertilidade, podendo ser usado para testar outros medicamentos contra o cancro.
“O nosso principal objetivo é criar medicamentos inteligentes que matem o cancro, mas não causem esterilidade nas mulheres jovens”, disse Teresa Woodruff, coinvestigadora principal do estudo, num artigo publicado na revista PLoS ONE.
Os cientistas acreditam que a integração de testes de toxicidade reprodutiva no desenvolvimento de medicamentos é o início de uma nova era para os quimioterápicos, e defendem que o efeito dos tratamentos de cancro sobre a fertilidade é muito importante para muitas pacientes jovens.
O medicamento usado, o trióxido de arsénio, é embalado numa pequena nanopartícula de nanobin (partículas de arsénio cristalinas), densamente encapsulada numa bolha de gordura (lipossoma). Os cientistas mostraram que esta abordagem para distribuição do fármaco tem o efeito desejado sobre as células tumorais, mas evita danos ao tecido do ovário, folículos ou óvulos.
Embora o fármaco seja suave em relação à fertilidade, é muito agressivo sobre alguns tipos de cancro, sobretudo no que se refere aos linfomas (tumor que afeta o sistema linfático), às leucemias (tumor que afeta o sangue), além de outros tumores sólidos, como o cancro de mama.
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