Os tumores cerebrais de alto risco em crianças não respondem frequentemente bem aos tratamentos de quimioterapia e radiação existentes. Natasha Sheybani, professora assistente de engenharia biomédica na Escola de Engenharia da Universidade da Virgínia (EUA) e a sua equipa, preparam-se para colaborar com investigadores do Children’s National Hospital (EUA) num estudo que vai combinar duas terapias para o cancro cerebral pediátrico, na esperança de que a sua fusão ofereça uma melhor opção.
Ao longo do projeto de dois anos, os investigadores vão analisar a utilização da terapia com células T com recetor de antigénio quimérico, um tipo de imunoterapia que utiliza o sistema imunitário do organismo para destruir os tumores, e ultrassons focalizados de baixa intensidade, que dirigem de forma não invasiva as ondas sonoras para órgãos-alvo do corpo. Pretendem, assim, chegar a uma resposta imunitária no cérebro que ajude as células CAR T a combater o cancro.
O projeto vai centrar-se, inicialmente, nos subtipos “ouriço sónico” e “grupo 3” do meduloblastoma, a neoplasia cerebral pediátrica mais comum – todos frequentemente fatais face aos tratamentos existentes. Os investigadores esperam que o tratamento combinado melhore o tempo de sobrevivência.
“As crianças com cancro do cérebro representam uma população de doentes particularmente vulnerável que necessita urgentemente de opções de tratamento muito mais eficazes e muito menos tóxicas”, diz Natasha Sheybani.
A investigação é financiada por um Idea Award de 600 mil dólares – um prestigiado subsídio que apoia a investigação de alto risco e que preenche lacunas na prevenção e tratamento do cancro – administrado pelo Departamento de Defesa dos EUA.
Fonte: News Medical Life Sciences