Uma pesquisa norte-americana identificou uma ligação entre as células da leucemia e as células envolvidas na formação óssea e descobriu que alguns tipos de leucemia têm origem numa perda excessiva de massa óssea, sobretudo nos ossos mais longos.
Os cientistas do Centro Médico da Universidade de Rochester acreditam estar perante uma nova abordagem no diagnóstico de alguns tipos de leucemia, que poderia beneficiar, por exemplo, de dados apurados em rastreios para a osteoporose.
Além destas descobertas surpreendentes, os investigadores explicam ainda, num artigo publicado na revista Blood, que testes iniciais em cobaias de laboratório que sofriam com leucemia mostraram que os animais beneficiaram de um tratamento com bifosfonatos, um tipo de fármaco usado para tratar a perda óssea, que ajudou a restabelecer parcialmente os níveis de massa óssea.
O estudo permitiu ainda identificar a proteína CCL3 (associada não só ao desenvolvimento da leucemia como a um atraso na formação óssea) como um potencial alvo de tratamento, e concluiu que é possível antever a resposta dos doentes aos tratamentos de quimioterapia ou a maior propensão a recaídas através de uma alteração no micro-ambiente da medula óssea.
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