As chamadas moléculas de recrutamento de anticorpo (ARM, na sigla em inglês) representam uma nova classe de moléculas em desenvolvimento que pode vir a ser “um novo paradigma” no tratamento de uma ampla gama de doenças, incluindo infeções e cancro.
As ARM estão em desenvolvimento no Departamento de Química da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, através de estudos que têm em vista um futuro tratamento eficaz contra o cancro, infeções por estafilococos, VIH/sida e outras doenças.
Estes produtos químicos sintéticos – ARM – podem melhorar a resposta imune ao trabalharem na ativação do sistema imunológico de modo a aumentar a sua capacidade de atuação.
Os compostos apresentam duas extremidades. Uma reconhece as células que causam doenças e a outra alerta os anticorpos do corpo para as destruir. As moléculas em causa não têm como finalidade eliminar diretamente as células nocivas, mas sim impulsionar a ação do sistema imunitário.
As ARM para o cancro já foram testadas em ratos de laboratório e, de momento, os cientistas estão a avaliar moléculas para combater o VIH/sida. Estes compostos apresentam vantagens em relação a alguns medicamentos mais recentes para doenças auto-imunes, pois são mais estáveis e podem ser tomados por via oral.
Além da vantagem para os doentes, em termos de custos de produção, estes compostos não necessitam de processos biotecnológicos caros e complicados, refere o artigo publicado no ACS Chemical Biology, que remete este novo campo de pesquisa para uma “interface da química orgânica e imunobiologia.”
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