Investigadores da Emory University (EUA) e do QIMR Berghofer Medical Research Institute (Austrália) identificaram um potencial novo tratamento para tumores cerebrais pediátricos que poderá melhorar as taxas de sobrevivência e reduzir os efeitos secundários a longo prazo.
O estudo, publicado na Nature Communications, demonstrou que o fármaco experimental CT-179 é eficaz a infiltrar e eliminar células tumorais resistentes aos tratamentos convencionais, ajudando a prevenir recidivas.
Como funciona o novo tratamento?
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- O CT-179 atua sobre células estaminais cancerígenas, que são responsáveis pelo crescimento e reaparecimento dos tumores após a quimioterapia e radioterapia.
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- O fármaco bloqueia a proteína OLIG2, um marcador essencial para o desenvolvimento destes tumores.
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- Quando combinado com radioterapia, melhorou a eficácia do tratamento, reduziu a recorrência da doença e prolongou a sobrevivência em modelos pré-clínicos.
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Um avanço promissor
Os investigadores acreditam que esta abordagem poderá ser aplicada não só ao meduloblastoma, o tumor cerebral pediátrico mais comum, mas também a outros tumores agressivos, como o glioblastoma e o glioma pontino intrínseco difuso (DIPG).
O estudo contou com a colaboração de várias instituições internacionais, incluindo o Hospital for Sick Children (Canadá), que confirmou os resultados através de técnicas avançadas como edição genética CRISPR e sequenciação de ARN de célula única.
Os próximos passos incluem ensaios clínicos para avaliar a segurança e eficácia do CT-179 em doentes com cancro cerebral. Os investigadores estão otimistas de que este avanço pode levar a tratamentos mais eficazes e menos tóxicos para crianças com tumores cerebrais.
Fonte: Medical Xpress