Investigadores da Universidade de Queensland (Austrália) estão a desenvolver um novo tratamento para sarcomas pediátricos, um grupo de cancros agressivos que têm altas taxas de metastização, recidiva e resistência ao tratamento. A investigação utiliza células naturais killer (NK) para atacar e destruir tumores, podendo representar o primeiro avanço significativo no tratamento destes cancros em 40 anos.
Sarcomas pediátricos: um desafio na oncologia
Os sarcomas pediátricos, como o sarcoma de Ewing, osteossarcoma e rabdomiossarcoma, representam entre 5 a 10% dos casos de cancro pediátrico, mas são responsáveis por mais mortes do que os tumores cerebrais, melanoma, leucemia e linfoma.
- A taxa de sobrevivência a cinco anos para pacientes em fase avançada da doença é de apenas 20%.
- Estes cancros são difíceis de tratar, uma vez que se espalham rapidamente para órgãos como os pulmões e o cérebro.
Como funciona a nova abordagem?
A equipa de investigação modificou células do sistema imunitário, chamadas células naturais killer (NK), para identificar e destruir tumores de sarcoma. Esta abordagem inovadora pode melhorar significativamente a resposta ao tratamento e aumentar as taxas de sobrevivência.
Além dos sarcomas pediátricos, a terapia pode também ser promissora para outros cancros difíceis de tratar, como o cancro da mama triplo negativo.
Esperança para o futuro
O estudo, que contou com a colaboração das organizações australianas: Universidade de Queensland, Queensland Children’s Hospital, Universidade de Nova Gales do Sul e da Universidade de Otago (Nova Zelândia), representa um avanço crucial no desenvolvimento de novas terapias para tumores sólidos pediátricos.
Se os ensaios clínicos forem bem-sucedidos, esta abordagem poderá ser uma alternativa viável aos tratamentos convencionais, trazendo uma nova esperança para crianças e jovens que enfrentam esta doença.
Fonte: Medical Xpress