Cientistas do Centro de Imagiologia Biomédica Martinos do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, recorreram a uma nova técnica para prever a resposta de pacientes com glioblastoma (tumor que afeta o cérebro) aos tratamentos.
O procedimento, que se dá pelo nome de imagem arquitetónica dos vasos (VAI, na sigla em inglês), tem capacidade para identificar alterações nos vasos sanguíneos do tumor, poucos dias após o início de uma terapia que tenha como alvo a angiogénese (mecanismo de crescimento de novos vasos sanguíneos a partir dos já existentes).
O VAI ajuda os investigadores a determinar, de uma forma não invasiva, fatores como o tamanho, o raio e a capacidade dos vasos sanguíneos de responderem aos tratamentos, o que representa uma vantagem em comparação com a PET ou as biópsias.
A equipa, liderada por Kyrre Emblem e Gregory Sorensen, utilizou a VAI para analisar dados de ensaios clínicos de fase 2 em pacientes com glioblastoma recorrente sujeitos a terapia com o composto cediranib, com o objetivo de perceber se o tumor do paciente respondia ou não aos tratamentos.
Os resultados desta técnica podem ajudar os médicos a perceber antecipadamente a resposta dos pacientes às terapias oncológicas, através das alterações nos vasos do tumor, durante os tratamentos anti-angiogénese, recorrendo a um tipo de “medicina verdadeiramente personalizada”, que contribuirá para evitar o recurso a tratamentos ineficazes.
Este artigo foi úlil para si?
SimNão
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.