Doentes com um tipo de sarcoma raro, o sarcoma alveolar, que se desenvolve nos tecidos moles, conseguiram algum controlo da doença com uma nova quimioterapia experimental designada por cediranib.
Os resultados deste ensaio clínico, o maior até ao momento realizado com este tipo de cancro, foram publicados no Journal of Clinical Oncology e o teste clínico de fase II foi financiado pelo Instituto Nacional de Cancro nos Estados Unidos (NCI, na sigla em inglês).
O sarcoma alveolar é responsável por menos de 1% dos sarcomas de tecidos moles e ocorre principalmente em pessoas com idades entre 15 a 35 anos.
O cediranib inibe uma classe de proteínas designadas por recetores do fator de crescimento do endotélio vascular, que regulam a formação de vasos sanguíneos. O medicamento, desenvolvido pela AstraZeneca, foi testado em ensaios clínicos contra outros tipos de cancro e mostrou diferentes graus de benefício.
Os testes foram realizados com 43 pacientes e, até à data, a taxa de resposta objetiva, que exige uma redução de mais de 30% no tamanho das lesões provocadas pelo tumor, é de 35% (15 dos 43 pacientes atingiram uma resposta parcial), enquanto 26 pacientes (60%) estabilizaram o tumor.
“É incomum ver estas taxas de redução elevadas num tumor que, tradicionalmente, não responde aos tratamentos de quimioterapia padrão utilizados para sarcomas”, disse Shivaani Kummar, investigador principal do ensaio.
Com base nas respostas encorajadoras observadas neste estudo, os pesquisadores deram início a um processo de acompanhamento para comparar a eficácia do cediranib com outro recetor do fator de crescimento vascular endotelial, o sunitinib, em pacientes com este tipo de sarcoma já metastizado.
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