Lindsey Headrick, uma mulher norte-americana hoje com 29 anos, passou grande parte da sua infância a lutar, não uma, nem duas, mas três vezes contra o cancro.
A luta desta mulher começou quando tinha apenas 9 anos, e a sua mãe reparou que algo se passava; apesar de na altura a menina apresentar sintomas de gripe, “a minha mãe sentiu que algo não estava bem”, disse Lindsey.
Após alguns exames médicos, a intuição da mãe de Lindsey mostrou-se certa, quando a criança foi diagnosticada com uma leucemia. A rapariga foi sujeita a tratamentos no St. Jude Children’s Research Hospital, nos Estados Unidos, e quando tudo parecia estar a melhorar, o pior voltou a acontecer: Lindsey teve um derrame.
De imediato, a menina voltou a ser internada no hospital, numa corrida contra o tempo.
“Quando o meu marido viu a ressonância magnética da minha filha, desesperou. Sendo médico, ele sabia bem o que estava a acontecer”, disse a mãe de Lindsey.
Já no St. Jude Children’s Research Hospital, a menina foi sujeita, com sucesso, a uma intervenção que nunca tinha sido realizada em crianças.
“Eu só me lembro de acordar, cheia de balões à minha volta e de ter pessoas a olharem para mim”, lembrou Lindsey.
Quando as notícias de que a menina tinha entrado em remissão chegaram, a família respirou de alívio, mas por pouco tempo.
“O médico ligou-nos e disse que o cancro tinha voltado. Lembro-me de bater com os punhos na almofada e de gritar que não podia ser, que a minha filha não podia
voltar a passar pelo mesmo”, recorda a mãe da sobrevivente que, na altura com 14 anos, teve de voltar para o hospital.
“Da segunda vez que fui diagnosticada, foi mais fácil para mim lidar com a doença, quer física quer emocionalmente, porque eu já sabia o que esperar”, disse Lindsey.
Mas a segunda vez, não foi, infelizmente, a última. Passados 5 anos, pouco tempo depois de completar 19 anos, Lindsey recebeu outro diagnóstico devastador: o cancro tinha voltado, e desta vez a adolescente precisava de um transplante de medula óssea.
Depois de ter sido sujeita a mais essa intervenção, onde contou com a sua irmã como dadora, Lindsey não voltou a recair e quase 20 anos após o primeiro diagnóstico, esta sobrevivente está hoje livre do cancro.
Esposa e com duas filhas, Lindsey trabalha como enfermeira especializada em oncologia, onde tenta ajudar os pacientes com o mesmo carinho com que outrora foi tratada.
Todos os anos, quando a sobrevivente volta ao St. Jude Children’s Research Hospital para fazer exames de rotina, leva sempre o seu marido e as suas filhas.
“É o completar de um ciclo”, finaliza Lindsey.
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