Realidade virtual é ferramenta para tratar crianças com doença oncológica

Uma investigação liderada por Michelle Zampar Silva, cientista associada ao programa Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), no Brasil, mostrou que a realidade virtual reduz a dor aguda durante a recolha de sangue de crianças e adolescentes em tratamento oncológico.

Durante o estudo, foram comparados dados de recolha de sangue em crianças com cancro sem recorrer ao uso de uns óculos de realidade virtual, que permitia aos pacientes jogar um jogo desenvolvido pela equipa de investigação, e depois de utilizar este dispositivo.

Os dados apurados mostraram que a utilização dos óculos de realidade virtual diminuiu o choro e a agitação das crianças. Através da avaliação dos dados do oxímetro, foi possível verificar que a frequência cardíaca, que é mais alta quando há dor, também diminuiu, disse a investigadora, ressaltando que a investigação envolveu 50 pacientes, com idades entre os cinco e os 18 anos, que aceitaram participar no estudo durante a recolha de sangue.

Os dispositivos de realidade virtual imersiva permitem distrair as crianças e fazem com que se sentiam mais confiantes e não coloquem o foco da atenção no procedimento clínico, mostrou o estudo.

“Além da diminuição da dor, as crianças relataram que os óculos eram uma atividade de lazer no hospital, uma brincadeira, o que é muito importante, pois há uma redução das atividades de lazer com amigos, famílias e outras redes sociais neste período”, afirmou Michelle Zampar Silva.

O jogo virtual utilizado durante o estudo foi desenvolvido pela investigadora em parceria com cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), também no Brasil.

Fonte: O Globo

Este artigo foi úlil para si?
SimNão
Comments are closed.
Newsletter